Centro de Especialidades Médicas reabre em Cascavel

O Centro de Especialidades Médicas de Cascavel (Cemec), administrado pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná (Cisop), reabriu as portas, ontem, depois de ficar cinco dias sem prestar atendimento à população. Neste período deixaram de ser feitos seis mil procedimentos, entre consultas e exames. Segundo o presidente do Cisop, Edevilson Fabrício, o movimento nesta segunda-feira não ficou muito acima do normal porque os pacientes têm até sexta-feira para procurar a unidade e reagendar as consultas.

Por dia, o Cemec realiza 1,2 mil atendimentos. Apesar de ter ficado com as portas fechadas durante os cinco dias, Edevilson disse que o movimento ontem não foi muito grande. Os pacientes de outras cidades vão ser informados pelas secretarias municipais de saúde o novo dia e horário das consultas.

Ontem só foram atendidos os casos considerados emergenciais. Edevilson calcula que dentro de duas semanas a agenda do Cemec esteja em dia. O centro fechou as portas porque a Justiça Federal bloqueou as contas do Cisop, devido a uma dívida com a Receita Federal que ultrapassa R$ 1 milhão. Na semana passada, foi feito um acordo entre o consórcio e a Receita, o que possibilitou a volta dos atendimentos. Todo o mês o Cisop terá que depositar R$ 30 mil em juízo.

Edevilson disse que na próxima semana pretende agendar um encontro com a Secretaria Estadual de Saúde para pedir ajuda. Do contrário, terá que demitir funcionários e diminuir atendimentos. Pacientes de 25 cidades da região já esperam na fila entre dois e oito meses. As unidades básica de saúde dessas cidades não atendem especialidades.

Mas este é apenas mais um dos problemas do Cisop. Além da Receita, há outros credores e a conta chega perto de R$ 4 milhões. Edevilson diz ainda que o Cisop não reconhece a dívida. Ela seria do Hospital Universitário, ligado à Universidade Estadual do Oeste (Unioeste), que durante muito tempo usou o CNPJ do Consórcio e não conseguiu saldar o que devia. A briga já dura mais de três anos. O governo do Estado determinou a realização de auditoria para descobrir o ?dono? da dívida. 

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