Caso de greve nos hospitais de Londrina na Justiça

A prefeitura de Londrina pode ingressar com uma ação na Justiça para garantir o atendimento nos prontos-socorros da cidade. A medida depende do posicionamento dos médicos plantonistas da cidade, que iriam decidir pela volta ou não ao trabalho durante assembleias que aconteceram na noite de ontem.

Desde a última sexta-feira, cerca de 250 plantonistas deixaram de atender às demandas de urgência e emergência pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por falta de pagamento de incentivos acordados com a prefeitura – o que acabou fazendo com que quatro hospitais fechassem as portas.

De acordo com o secretário de Gestão Pública, Marco Cito, se os atendimentos não forem retomados, o órgão poderá solicitar judicialmente a reabertura imediata dos hospitais, com possibilidade de multa aos estabelecimentos e ainda a exclusão do credenciamento junto ao SUS.

Cito ressalta que a prefeitura constatou irregularidades nos contratos com os hospitais, entre elas, médicos que estariam atendendo em dois plantões em dois hospitais diferentes.

“Tudo isso leva à certeza de que, mesmo com essa situação delicada em que se encontra a saúde do município, a prefeitura não poderia ter tomado outra medida senão a suspensão do pagamento dos incentivos”, diz.

Para tentar resolver o impasse, a prefeitura apresentou, e a Câmara de Londrina aprovou, uma lei que regulamenta o pagamento dos incentivos aos plantonistas com recursos municipais. Os médicos se reuniriam ontem para decidir se as deliberações da lei seriam suficientes para a classe.