Campanha orienta para uso de passarelas

Por ignorarem as passarelas de travessia em rodovias, muitos pedestres sofrem riscos de atropelamentos e, consequentemente, de morrerem ao tentar atravessar vias de tráfego intenso de veículos.

A reportagem de O Estado esteve ontem no final da manhã no quiolômetro 104 da BR-277 sentido Curitiba – Campo Largo, nas proximidades da Vila Guarani, onde existe uma dessas obras.

O local foi escolhido aleatoriamente. Em apenas 10 minutos de observação, nove pessoas atravessaram a estrada em um local muito próximo da passarela. A maioria desceu no ponto de ônibus na pista sentido Curitiba e atravessou para o outro lado.

Apesar desse ponto de ônibus não ficar exatamente ao lado da passarela, o acesso para a travessia segura era simples. Mesmo assim, os pedestres optaram por se arriscar. Neste mesmo período, ninguém passou pela passarela.

A concessionária responsável por este trecho da BR-277 é a Rodonorte, que ontem lançou uma nova edição da campanha “Eu Uso a Passarela”. Dessa vez, os trabalhos estão concentrados na região de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, onde a empresa verificou mais problemas. “As áreas críticas são os perímetros urbanos, mas mais em Ponta Grossa”, conta Sidnei Zanetti, gestor de interação com o cliente da concessionária.

Até sexta-feira, os pedestres que passarem pelas passarelas vão receber lanches. Quem atravessar por baixo, será abordado e vai receber informações sobre a travessia segura.

“As pessoas dão as mais variadas desculpas, como a passarela ser longe ou medo de altura. Mas se colocarmos uma passarela do lado da outra, mesmo assim vai ter gente atravessando por baixo. Não adianta apenas ter o dispositivo. Tem que educar”, comenta Zanetti.

Apenas neste ano, em uma das rodovias administradas pela empresa, sete pessoas morreram atropeladas ao tentarem cruzar a estrada. Detalhe: elas estavam perto de passarelas. Além da abordagem, a Rodonorte vai fazer um trabalho nas escolas próximas das vias, com a realização de peças de teatro.