Calçadas de Curitiba estão mal conservadas

O direito de ir e vir, garantido pela Constituição a todos os cidadãos brasileiros, não está sendo observado em muitas das calçadas curitibanas. Degraus, buracos, bueiros abertos, pedras soltas e depressões prejudicam o deslocamento dos pedestres, principalmente idosos e deficientes físicos.

?Tem que prestar muita atenção na hora de caminhar, para não acabar torcendo o pé ou o tornozelo?, comenta o aposentado Rômulo Martinalli. O atleta paraolímpico Luiz Algacir, cadeirante, revela os riscos que corre ao se deslocar pela cidade. ?Há lugares em que é muito melhor andar pela rua, correndo risco de ser atropelado, do que pela calçada, onde, fatalmente, a gente acaba caindo da cadeira.?

Irritados com o que percebiam ao caminhar pela cidade, alguns moradores se reuniram para criar o programa Passeio Nota 10, que visa conscientizar a população sobre a importância de uma calçada bem feita e cobrar melhorias por parte das autoridades competentes. Segundo Elin Tallarek de Queiroz, coordenadora do programa, ?falta capricho aos donos de imóveis, que só se preocupam com questões do portão para dentro de suas propriedades?.

Apesar de fazer um trabalho para tentar convencer os proprietários da importância de cuidar das calçadas, Elin defende que a responsabilidade pelo calçamento passe a ser da Prefeitura. Para ela, a administração por parte do município criaria uma padronização do calçamento da cidade, deixando-a mais bonita e confortável. O secretário de Urbanismo de Curitiba, Luiz Fernando Jamur, lembrou que a melhoria das calçadas, para garantir a mobilidade do curitibano, faz parte do plano de governo do prefeito Beto Richa e prometeu, para até o início de 2006, o anúncio de um programa para ajudar os pedestres da cidade. Segundo ele, profissionais de diversas secretarias do município fizeram um minucioso diagnóstico sobre as calçadas curitibanas. ?Funcionará como uma parceria entre a Prefeitura, a iniciativa privada e a sociedade civil mobilizada?, explica.

Voltar ao topo