Cafeterias, pontos de encontro da capital

Tomar um cafezinho durante a manhã, após o almoço ou mesmo à tarde espanta o sono, repõe as energias e aquece o corpo. É nisso que acreditam as centenas de curitibanos que freqüentam as 137 cafeterias existentes na capital. O hábito de tomar café, acompanhado de um pedaço de torta ou um salgado, vem consolidando os estabelecimentos como pontos cada vez mais tradicionais da cidade.

Atualmente, as cafeterias estão presentes em quase todos os shopping centers, em diversos locais do centro, em bairros que se destacam pela intensa vida noturna, como o Batel, e mesmo em bairros mais isolados. “Os freqüentadores das cafeterias costumam ser fiéis aos estabelecimentos”, comenta a dona do Mozart Café, localizado no Batel, Úrsula Pawlowski. “Recebemos um público eclético, que busca qualidade no atendimento e vem na expectativa de experimentar variedades diferentes de café, como os vienenses, ou simplesmente bater um papo com os amigos. As cafeterias se tornaram pontos de encontro.”

Cultura

Para atrair a atenção do público, alguns locais também se destacam como centros culturais. É o caso do Café e Cultura, localizado bem no centro da cidade. À disposição do público, são colocados jornais diários, revistas e livros. Nas paredes e balcões, são fixados cartazes anunciando peças teatrais, espetáculos de dança e eventos musicais que estão sendo apresentados em bares e teatros da cidade.

“O ambiente fica muito mais interessante e agradável quando se faz um mix de cultura e café. As pessoas chegam para tomar um café, conversar e acabam se interessando em ler um artigo ou obter informações sobre um livro”, diz Úrsula, que adota a tática em seu estabelecimento. No Mozart Café, ao mesmo tempo que as pessoas fazem um lanche podem ouvir música e comprar livros, sendo que o estabelecimento tem um convênio com as livrarias Curitiba e comercializa diversos títulos com 10% de desconto.

Além de agradar aos nascidos em Curitiba, as cafeterias chamam a atenção de quem vem de fora. Já se tornaram importantes atrações turísticas da cidade e despertam principalmente a curiosidade de quem é originário de locais mais quentes, como o Nordeste brasileiro, onde o hábito de tomar café não é tão forte e onde as cafeterias não são tão presentes. “O frio da capital paranaense contribui para que as pessoas consumam mais xícaras de café. Quem vem de fora sempre tem interesse em conhecer as cafeterias da cidade. Assim, também acabam aprendendo sobre um hábito comum entre os curitibanos”, diz a gerente do Café da Boca, localizado na Boca Maldita e considerado um dos mais tradicionais de Curitiba, Erotildes dos Santos.

Consumo

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Café (Abic), o consumo médio per capita de café é de 3,45 kg ao ano no Brasil. Isso corresponde a 115 bilhões de xícaras consumidas.

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