Bicho geográfico ainda é ameaça nas praias

Na temporada de verão as pessoas ficam mais suscetíveis a contraírem o bicho geográfico. A doença transmitida pelo solo contaminado com fezes de animais, principalmente cães, causa muita coceira no local atingido.

O médico do Posto de Saúde Tabuleiro, Cláudio Alvino da Silva, explica que a doença é transmitida por uma larva, que, diferente das outras verminoses, não penetra no interior do organismo, ficando na pele.

?Essa larva não completa seu ciclo de vida, e não atinge a fase adulta. A larva penetra pela pele, criando vergões vermelhos e bolinhas que coçam?, explicou o médico. Ele disse que a área de movimentação da larva  forma desenhos como se fosse um mapa – daí a origem do nome da doença -, não passa de cinco centímetros de raio. ?O tratamento é com uma pomada ou loção que é de aplicação local?, destaca, explicando que a larva chamada de migrans cutânea, permanece uma semana na pessoa antes de começar a causar transtornos. ?É uma doença que há dez anos acontecia com mais freqüência. Nos últimos três anos só vi dois casos?, revelou.

Prevenção

O veterinário da Vigilância Sanitária de Matinhos, Takashi Yotsumoto, destaca que nem todo animal transmite a doença, somente os contaminados com o verme. Por isso, se o animal receber vermífugo, suas fezes não causam a contaminação. ?A doutora Marina Assamura, da Primeira Regional de Saúde do Litoral, vem realizando um bom trabalho de prevenção nos últimos seis anos?, disse. Ele explicou que a prevenção, com a aplicação de vermífugo, custa R$ 0,50 por animal, bem mais barato que um possível tratamento para a doença. Yotsumoto salienta que o problema pode aparecer também fora da temporada e na terra, não só na areia.

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