Atual vice-reitor da UEPG é indiciado

O atual vice-reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Ítalo Sérgio Grande, foi indiciado no inquérito que investiga a evasão de divisas da Seção de Receitas da instituição. O curso de mestrado feito por ele (1999/2000) foi pago com recursos da UEPG de forma irregular. O ex-reitor Roberto Frederico Merhy também foi ouvido esta semana pelo mesmo motivo. Segundo o delegado responsável pelo inquérito, Marcos Vinícius Sebastião, outros funcionários da universidade devem ser indiciados.

O ex-reitor e o atual vice-reitor estão sendo acusados de crime de peculato. De acordo com o delegado, os dois se defenderam, afirmando que pediram ajuda da universidade para pagarem o curso, mas não sabiam que os carnês estavam sendo quitados de forma irregular. No entanto, o delegado ressalta que nenhum documento foi assinado por eles formalizando o pagamento, o que é irregular. Devido uma sindicância interna eles já estão devolvendo o dinheiro.

Mas os problemas da universidade não param por ai. Outros funcionários estão envolvidos em outros casos. O delegado afirma que as informações levantadas até agora indicam que uma grande quantia de dinheiro foi desviada. "Queremos descobrir a quanto tempo isto vinha ocorrendo", comenta. Ainda não há previsão para a conclusão do inquérito. Vários funcionários já foram indiciados.

O reitor da UEPG, Paulo Roberto Godói, ao ser questionado sobre um possível afastamento do vice-reitor disse: "A questão foge da autonomia da universidade. Só ocorrerá em caso e uma denúncia comprovada".

CPI

Ontem foi aprovado em segunda votação o relatório da Comissão Parlamentar de Inquériro (CPI) das Universidades. Ela pede o afastamento do atual reitor. "A CPI não apurou nada além do que a universidade vinha apurando. Eles pediram o afastamento do reitor para causar um estrondo", rebate Godói. Ele estaria envolvido no pagamento irregular da gratificação pela dedicação exclusiva dos professores. Mas o reitor nega a irregularidade. Agora cabe ao governador aceitar o pedido de afastamento. Além de Godói, a CPI também pede o afastamento do diretor da Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão (Fecilcam), onde também foram apontadas irregularidades.

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