Área de invasão em Fazenda Rio Grande será regularizada

O feriado do Dia do Trabalho foi marcado por muita festa para os moradores da Vila 1.º de Maio, em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Após sete anos de luta, as 170 famílias que vivem na área de invasão alcançaram uma importante conquista: a promessa da regularização das moradias. O presente para a comunidade veio justamente no aniversário da ocupação, que deu nome à vila, com direito a bolo de aniversário e parabéns.

O vice-prefeito Saul Carelli explicou que a Prefeitura Municipal da Fazenda Rio Grande finalmente conseguiu negociar com o proprietário do terreno, adquirindo a área. "O prefeito Antônio Wandscheer (PPS), o "Toninho", conseguiu uma desapropriação amigável e agora parte para a regularização de cada área, tratando com cada morador", explicou.

Segundo o presidente da Central de Movimentos Populares, vereador Orlando Bonette (PT), os terrenos onde estão as casas serão cedidos e a contribuição dos moradores será revertida em melhorias para a área, que tem chão de terra batida e visível necessidade de urbanização. "A Prefeitura tem o cadastro de todas as famílias que vivem na vila e elas, em vez de pagar pelo terreno, vão contribuir para melhorias na comunidade", diz.

Para Bonette, que liderou a luta durante os sete anos ao lado de alguns companheiros de movimento, o anúncio da aquisição da área por parte da Prefeitura é a conquista de um sonho. "A comunidade passou por muitas dificuldades. Em 2004 houve o anúncio de que haveria um acordo, mas ele só veio agora. Esperamos que a regularização saia mesmo do papel", afirma.

Os moradores também eram só alegria com a novidade, que certamente trará mais tranqüilidade para o futuro, especialmente para as crianças do bairro – muitas delas nasceram ao longo da luta. "É uma sensação única de segurança, a conquista após a luta. Vamos pagar com prazer as taxas para ajudar nas melhorias", disse a zeladora Neuza Diogo Ferreira, que vive no local desde a ocupação, feita no final de abril de 1999.

A área foi ocupada após o conhecimento dos populares de que os impostos estavam atrasados e o proprietário não mostrava interesse em utilizá-la de imediato.

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