Após 15 anos, famílias deixam o terreno da RFFSA

Algumas das trinta famílias que invadiram há quase 15 anos uma área pertencente a Rede Ferroviária Federal (RFFSA), em São José dos Pinhais, já começaram a deixar o local. A desocupação, com ordem judicial, estava marcada para hoje, mas o prazo foi estendido para 30 de abril. A maior parte dos moradores preferiu vender ou abandonar as casas antes da data.

As pessoas que ainda estão lá esperam uma outra definição para tentar encontrar um novo local para morar. “Mesmo sem condições, a maioria dos meus vizinhos decidiu pagar aluguel do que ficar neste impasse”, conta Tereza Aparecida Viana, que está na área há 14 anos. “Eu ainda não sei o que fazer, não tenho para onde ir”. A filha dela abandonou a casa onde morava com três filhos. “Alguns venderam as casas, outros a madeira, mas minha filha resolveu deixar tudo”, conta Tereza.

Os moradores da área invadida pretendiam ficar no terreno e esperar a desocupação. Eles alegam que não foram avisados de um processo aberto em 2001 pela RFFSA. Somente receberam as cartas de despejo no dia 30 de dezembro do ano passado. As famílias estavam dispostas a negociar, mas a empresa havia comunicado que o prazo para a reintegração de posse seria cumprido de qualquer maneira.

Auxílio

O superintendente regional da RFFSA, Ruy Alberto Zebetti, conta que a Prefeitura de São José dos Pinhais vai ajudar aqueles que não têm condições de se mudar da região. “A situação já está resolvida, e de forma pacífica”, afirma. Tanto a RFFSA quanto as famílias ainda esperam a sentença da na 2.ª Vara Cível de São José dos Pinhais.

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