Maior demanda

Antonina e Morretes investem no turismo

As cidades históricas de Morretes e Antonina, no litoral do Estado, recebem um bom número de visitantes, seja de paranaenses ou vindos de lugares mais distantes, durante todo o ano, em busca principalmente das opções gastronômicas que oferecem.

Agora, as secretarias municipais de Turismo dos dois municípios trabalham para que esses visitantes se tornem turistas, ao ficar pelo menos uma noite por lá, ao mesmo tempo em que precisam pensar em melhorar a capacidade de atendimento.

Aproveitando o aumento no número de pessoas nessas cidades litorâneas, verificado na virada do ano, os municípios acreditam que agora é a hora de incrementar o turismo.

“Réveillon costumava ser um período que Antonina não tinha expressividade e tivemos um acréscimo de 60% no atendimento à demanda turística este ano”, diz a secretária municipal de Turismo de Antonina, Greice Schmegel. Nos hotéis, o aumento da ocupação foi de 12%, comparado com o mesmo período do ano anterior.

A maior demanda de Antonina é nos fins de semana, de pessoas da Região Metropolitana de Curitiba, que são 75% do total de visitantes. Depois dos carros de passeio, os ônibus são o principal meio de transporte utilizado por quem vai até lá, o que faz o município querer aumentar a rede hoteleira e de restaurantes, com subsídios ao setor privado.

“Se recebemos mais de seis ônibus de uma vez, temos dificuldade na capacidade de atendimento, o que pode se tornar um problema maior em épocas sazonais se nada for feito”, relata a secretária.

Em Morretes, a nova estratégia da Secretaria de Turismo é investir no turismo rural, para que as pessoas pernoitem no município. Uma das opções é uma parceria com a empresa de trem Serra Verde Express, na compra de um pacote de dois dias que inclui almoço típico, visita ao alambique, que este ano completa 100 anos, visita à fábrica artesanal de farinha de mandioca, da bala de banana e de conservas artesanais.

No dia seguinte, a programação inclui visita a uma criação de tartarugas, exclusividade para quem compra o pacote, na Fazenda Reserva Tigre D’Água. “Além de beneficiar os restaurantes, o pacote vai ajudar os pequenos produtores do município”, espera a secretária de Turismo local, Loizety Cidreira. Outra opção de pacote inclui um passeio pela Ilha do Mel.

A prefeitura planeja implantar o turismo como disciplina nas escolas, para preparar as crianças que vivem na cidade turística. Um ponto que a prefeitura pensa em como melhorar são os espaços para que os carros possam estacionar. Com ruas estreitas, quando recebe muitos visitantes, Morretes enfrenta dificuldade, principalmente aos domingos.

Priscilla Forone/Sebrae-PR
Morretes aposta no turismo rural e nas parcerias para atrair turistas.

Cidades esbanjam história e natureza e convidam à aventura

Centro do ecoturismo, aos pés da Serra do Mar, Morretes se destaca pelo Parque Estadual do Marumbi e por proporcionar atividades como montanhismo, cicloturismo, trilhas por caminhos coloniais como a do Itupava, saltos como dos Macacos e Redondo e o boia-cross no Rio Nhundiaquara.

No centro, o Teatro Municipal é outra atração, local que funcionou por muitos anos também como cinema e foi restaurado há alguns anos, além de igrejas seculares, como a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Porto, construída em 1812, e a Igreja de São Benedito, erguida pelos escravos em 1765.

Já em Antonina, logo na chegada à cidade, a estação ferroviária é um dos primeiros pontos turísticos, construída em 1916, na fase áurea da erva-mate, quando Antonina era um dos principais portos exportadores do Bras,il.

No centro, a atenção fica para as praças Coronel Macedo (mais antiga, com coreto) e Romildo Gonçalves Pereira (para contemplação das ilhas e montanhas da Baía de Antonina), além do complexo industrial Matarazzo, conjunto de edificações da primeira década do século XX, outro testemunho do ciclo da erva-mate.

Um dos principais locais de lazer em Antonina é a Ponta da Pita, formação rochosa que avança para a baía, no bairro de Itapema. No distrito de Cacatu, o Recanto do Rio do Nunes é uma “praia fluvial” com área gramada e arborizada, com churrasqueiras. Aos adeptos de aventura, é possível fazer rafting no Rio Cachoeira, com término próximo à foz do Rio Capivari.

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