Hoje, comemora-se o Dia do Amigo. Por mais tímido ou inibido que se seja, não há quem não tenha pelo menos uma pessoa de confiança, com a qual pode contar nos momentos de alegria e tristeza. Esta pessoa pode ser alguém da família, um vizinho, um colega de trabalho, da escola ou mesmo uma pessoa totalmente desconhecida que, do nada, aparece em um momento difícil e acaba ficando para o resto da vida.
Os amigos são, segundo a psicóloga Kelly Benvenutti, de Curitiba, a família que se escolhe. Muitas vezes, fazem o papel de irmãos mais velhos, agem como professores ou mesmo como verdadeiros pais. “A família é uma coisa insubstituível: é ela que dá as bases para que uma pessoa se torne o que é, porém os amigos são pessoas que, com o tempo, se somam aos parentes, acabam se tornando uma segunda família”, diz.
Kelly confirma que a amizade entre dois ou mais indivíduos é uma relação prá lá de saudável. Quem não tem amigos acaba se tornando sozinho, deprimido, ciumento, competitivo e individualista.
Principalmente as crianças devem ser incentivadas a dividir seus pertences e desenvolver relacionamentos de afeto com os colegas. Assim, vão levar o que aprenderam para a vida adulta e se tornar pessoas repletas de amizades.
Geralmente, o que faz com que duas pessoas se aproximem são os gostos em comum. Porém, ainda é difícil explicar porque, em meio a um ambiente repleto de pessoas, dois indivíduos se olham e, quase que automaticamente, se adoram ou detestam. “Muitas vezes, em meio a cinqüenta pessoas diferentes, escolhemos uma ou duas para serem nossas amigas”, diz. “Acho que há uma troca de energia entre os indivíduos e também uma necessidade de aprendizado. Então, a proximidade acontece normalmente e de forma natural.”
Amizade
Segundo a professora de música Ivete de Jesus Fontoura, de 66 anos, quem pode contar com uma amizade verdadeira deve, todos os dias, levantar as mão para o céu e agradecer. “Como disse Jesus Cristo, quem encontrou um amigo encontrou um tesouro”, cita. Há 16 anos, ela é amiga da professora de Português Albanice Abucarub, 56. Conheceu-a por intermédio da irmã. “Ela veio fazer aulas de música comigo e acabou se tornando uma verdadeira filha. Hoje, até os filhos da Albanice me chamam de avó.”
A bordo de um Fusca, as duas saem para reuniões na casa de amigos, restaurantes, cinemas e atividades filantrópicas. “A Ivete está sempre ao meu lado. Mais do que muitos parentes de sangue, ela me dá apoio nas horas difíceis e promove comemorações nos momentos de alegria”, revela Albanice.
Para toda a vida
O funcionário público municipal Dante Luiz Zanetti, de 40 anos, e o analista financeiro Sérgio Ferreira dos Santos, 34, desenvolveram uma amizade que acreditam que vai durar para o resto da vida. Eles se conhecemos na faculdade de Ciências Contábeis e logo se tornaram amigos. Na época, um sempre estava disposto a ajudar o outro nas provas e trabalhos.
Depois de formados, os dois continuaram a manter contato. Passando sempre por experiências parecidas, em momentos parecidos, foram padrinhos de casamento um do outro. “O interessante é que nossa relação de amizade passou para nossas esposas e filhos”, contam. “Atualmente, formamos uma grande e única família. Todos estão sempre juntos para o que der e vier.”