Ambientalista do PR participa de conferência na África do Sul

A ambientalista Laura Jesus de Moura e Costa, que é coordenadora do Centro de Estudos, Defesa e Educação Ambiental (Cedea), é a única paranaense a participar da Conferência Internacional das Nações Unidas Rio + 10, que começa na próxima segunda-feira e prossegue até 4 de setembro, em Johannesburgo, na África do Sul.

O evento acontece dez anos depois da Conferência Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, que aconteceu na cidade do Rio de Janeiro e foi chamada de Eco 92. Na ocasião, foram elaborados documentos como: Agenda 21 Global, Declaração sobre Florestas, Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, Convenção sobre Biodiversidade e Protocolo de Biossegurança, Convenção sobre Mudanças Climáticas, Convenção sobre Desertificação e Convenção sobre Contaminantes Orgânicos Persistentes (POPs). Segundo Laura, que participou da Eco 92 e de reuniões preparatórias promovidas pelo Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais, na conferência de Johannesburgo serão realizadas avaliações da Agenda 21, que é global, tem quarenta capítulos e quatro sessões que tratam de: Desenvolvimento e Princípios de Sustentabilidade, Contaminações, Grupos Específicos da Sociedade e Estratégias de Ações. “Será feita uma leitura crítica do documento e possíveis alterações nas metas a serem cumpridas”, explica.

Imperialismo bélico

A ambientalista pretende defender a idéia da redução do imperialismo bélico norte-americano. Ela acredita que os Estados Unidos impõem sanções a todos os países. Por outro lado, não recebem sanções de outras nações. Laura também vai discutir sobre a utilização de formas alternativas de produção de energia, que não sejam poluentes, e conservação da água, que é considerado um recurso natural escasso. “São assuntos de interesse mundial e que influenciam na vida de todos.”

Também falará sobre questões ligadas ao fim da pobreza, como melhor distribuição de renda, solidariedade internacional, o investimento dos países ricos nos mais pobres e de qualidade de vida. “Nesse segmento, ainda precisam acontecer uma série de mudanças de valores e comportamento. As pessoas precisam entender que crescimento não é apenas obtenção de lucros econômicos, mas também melhoria da qualidade de vida da população”, defende.

A única queixa de Laura em relação a viagem é a falta de patrocínio. Ela tentou conseguir o apoio de diversas entidades, mas não teve sucesso. Para ela, é importante sua ida para a África do Sul não só para marcar presença, “mas também para levar e trazer informações e contribuições, trocar experiências, conhecer novas pessoas, ampliar o âmbito de amizades e contribuir na elaboração de documentos internacionais”.

Vinte e cinco mil pessoas, de 185 países, estão inscritas para participar da conferência. Do Brasil, devem participar 25 pessoas ligadas ao Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais, além de empresários e representantes de órgãos governamentais.

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