Alunos do Bom Jesus aprendem sobre a acne

A acne virou assunto de sala de aula. O problema, que é considerado pelos dermatologistas como uma doença, atinge 24 milhões de brasileiros entre 15 e 24 anos. Se não tratada pode provocar manchas na pele e ainda causar problemas psicológicos. A situação incomoda tanto os jovens que ontem foi tema de discussão no Colégio Bom Jesus, em Curitiba.

Luísa Purim Nieheus, 14 anos, tem uma pele oleosa, o que provoca o aparecimento de espinhas pelo rosto. Diz que a situação incomoda e quando vai sair, procura disfarçar com maquilagem. Ela já chegou a passar alguns cremes e conseguiu minimizar o problema, mas agora acabou abandonando o tratamento. Rodrigo Zilli, 14 anos, comenta que as espinhas aparecem de vez em quando e dependendo da quantidade atrapalham o dia a dia. “Às vezes ficam coçando e incomodam para dormir”, reclama. Daí, o jeito é tratar com uma pomada que sempre tem a mão.

Juan Philipe Piazetta, 15 anos, conta que encara o problema com naturalidade, por saber que é próprio da idade. Foi a mãe que o levou a um dermatologista e por ele não usaria nada para acabar com a acne. Mas a dermatologista Annia Cordeiro Lourenço explica que a acne é uma doença e precisa ser tratada. Ela aparece devido às alterações hormonais, associadas a predisposição genética. “Cerca de 80% dos jovens têm algum grau da doença, que atinge também adultos”, diz.

Se o problema não for controlado pode causar manchas na pele, principalmente se a pessoa costuma espremer as espinhas. Segundo Annia, para alguns adolescentes ela chega a ser um incomodo tão grande que pode até causar problemas psicológicos, afetando a auto-estima.

Hoje existem muitos tipos de tratamento que incluem cremes, ácidos, antinflamatórios e até peeling. “Mas é necessário procurar um dermatologista para indicar o tratamento adequado”, diz.

Existe até um medicamento que cura o problema definitivamente. O esotretinoina está no País há 10 anos, mas por ser caro só a classe média alta tem acesso.

A professora Cláudia Maria Pienta dos Santos comenta que os alunos têm uma vez por semana uma aula de formação de valores e este tema foi trabalhado dentro do módulo de saúde.

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