Alunas de Nutrição criam macarrão à base de pinhão

Um macarrão com massa à base de pinhão, produto típico da região sul do Brasil, acaba de ser desenvolvido por duas alunas do sexto período do curso de Nutrição da Faculdade Evangélica, em Curitiba. O produto, que tem como matéria-prima principal justamente a semente do pinheiro brasileiro (Araucaria angustifolia), é considerado de formulação inédita, já rendendo um prêmio a suas criadoras.

?Começamos a formular o macarrão de pinhão há cerca de dois anos. No final do ano passado, nosso projeto recebeu o primeiro lugar em um Encontro de Biologia e Saúde do UnicenP. Resolvemos trabalhar com a elaboração de produto à base de pinhão porque este é um produto típico do Paraná, extremamente nutritivo e apreciado pela população?, contam as estudantes Mayara Faccin e Milena Carvalho.

Para elaborar a massa, as alunas retiraram 35% da farinha de trigo utilizada em receitas de macarrão convencional e, em substituição, adicionaram farinha de pinhão. A mesma foi produzida por elas e é feita a partir de pinhões cozidos. ?O pinhão só é comercializado no outono e no inverno. É um alimento que não dura muito tempo, se deteriorando rapidamente. Como farinha, ele pode ser congelado para que o macarrão possa ser produzido e comercializado durante o ano inteiro?, explica a professora de Nutrição, Cristiane Vieira Helm, que é orientadora do projeto.

O macarrão à base de pinhão possui coloração um pouco mais escura que o macarrão convencional, mas textura bastante parecida. Em relação ao paladar, destaca-se o sabor do pinhão, que é considerado bastante nutritivo. ?O macarrão comum é fonte de energia, contendo basicamente carboidratos. Já o macarrão de pinhão agrega todos os componentes presentes na semente do pinheiro?, revelam as alunas.

Para que o produto passe a ser comercializado, Mayara e Milena esperam que ele desperte o interesse de empresários da área de alimentação. A expectativa é de que o preço da massa nas gôndolas dos supermercados seja semelhante ao do macarrão convencional, pois o pinhão é considerado um alimento de baixo custo, sendo vendido por pouco mais de R$ 1 o quilo em período de safra.

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