Alimentação errada mata 260 mil por ano

O grego Hipócrates, considerado o pai da medicina, fez a recomendação: deixe que a alimentação seja o seu remédio e o remédio a sua alimentação. É esta frase que abre o Guia Alimentar da População Brasileira, lançado oficialmente ontem e que será apresentado na Semana Mundial da Alimentação, entre 16 e 22 de outubro. Disponibilizado a toda a população brasileira através do site www.saude.gov.br, o guia traz um estudo detalhado sobre a relação entre a alimentação e saúde e foi desenvolvido pelo Ministério da Saúde dentro da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN).

Se hoje o Brasil aponta para o aumento na esperança de vida e redução na mortalidade infantil, o Ministério da Saúde tem registros fortes de mortalidade relacionada à obesidade, diabetes, hipertensão arterial, doenças cardíacas e câncer, conhecidas como doenças crônicas. Em comum, essas enfermidades têm a relação direta com os hábitos alimentares das pessoas.

Na conclusão dos estudos que resultaram no guia, verificou-se que cerca de 260 mil pessoas morrem por ano em conseqüência de uma alimentação errada. Os hábitos pouco saudáveis se traduzem em alguns números importantes, como a redução do consumo de feijão (uma das principais fontes de ferro) em 31% e o aumento do consumo de refrigerantes de 400%. "A elaboração do guia, o primeiro com recomendações e diretrizes aprofundadas sobre alimentação do Ministério da Saúde, vai ter uma tiragem inicial de 50 mil", diz a consultora técnica Anelise Rizzolo.

Dieta

O guia é importante fonte de orientação alimentar, já que especifica em detalhes as necessidades diárias de cada tipo de nutriente para o organismo. Em tópicos específicos, há a abordagem do uso correto de todos os tipos de alimentos, como cereais, frutas, legumes, verduras, leites, carne, ovos, gorduras, açúcar e sal.

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