Além do fogão, GLP ganha espaço nas casas

Foi-se o tempo em que o gás liquefeito de petróleo (GLP), popularmente conhecido como gás de cozinha, era utilizado apenas no fogão. Cada vez mais, o combustível vem ganhando espaço e sendo utilizado para outras finalidades, como aquecimento de água, calefação, churrasqueira e até lareira. Para demonstrar todas as aplicações do GLP dentro de uma residência, foi inaugurado ontem, em Curitiba, a casa “movida a gás” – um show room medindo aproximadamente 40 metros quadrados, e dividido em cinco ambientes: sala, banheiro, dormitório, cozinha e área de serviço. A casa demorou três meses para ser construída e exigiu investimento de R$ 95 mil.

“O objetivo, além de difundir o uso de GLP nas residências, é mostrar um diferencial que o mercado oferece”, explica Venício Martins, proprietário da V. Martins – revenda autorizada da Ultragas, no mercado há 26 anos -, onde foi construída a casa. “A idéia é mostrar como ficam os compartimentos da casa, auxiliar na parte da arquitetura e, principalmente, na questão de funcionamento”, completa. A consultoria é prestada gratuitamente.

Segundo Martins, mesmo com as sucessivas altas no preço do GLP, o botijão de 13 quilos está custando R$ 28,00 -, a economia final pode chegar a 40%, se comparado ao preço da energia elétrica. É o caso, por exemplo, do chuveiro à gás. No caso da calefação, lembra Martins, a economia também é bem menor do que da caldeira elétrica. O mesmo se repete com a churrasqueira, completa.

Um dos obstáculos, no entanto, é o custo inicial. Segundo Martins, o sistema GLP ainda é restrito às classes média e média-alta. “A maioria das casas tem mais de 400 metros quadrados”, revela. O custo de uma calefação pode variar de R$ 20 mil a R$ 25 mil. Já o aquecimento de água em uma casa com dois banheiros e uma cozinha, o investimento é de aproximadamente R$ 2,5 mil, de acordo com Martins – cerca de R$ 400,00 o aquecedor, além das tubulações. Com relação ao consumo, uma lareira gasta aproximadamente 280 gramas por hora; a churrasqueira 400 g/hora; uma caldeira de calefação 1.740 kg/h e um aquecedor de passagem de 15 litros, 1,9 kg/hora. Outra vantagem do GLP, ressalta Martins, diz respeito à grande oferta do produto no mercado. “Não tem falta de GLP no Brasil, não tem racionamento, ao contrário da energia elétrica.” (Lyrian Saiki)