Álcool só em gel a partir do próximo dia primeiro de fevereiro

A partir do próximo dia 1.º volta a vigorar a medida que proíbe a fabricação e comercialização do álcool em estado líquido no País. O objetivo é reduzir o número de casos de queimaduras e ingestão acidental, especialmente em crianças. O veto começou em 2002, após resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, mas foi suspensa por decisão judicial a favor do setor industrial.

Em agosto do ano passado, a Justiça Federal derrubou a decisão e agora não há mais possibilidade de recurso. Foi dado prazo até próximo dia 31 para as indústrias se adequarem às novas exigências. A partir do mês que vem, todo estoque irregular no mercado deve ser recolhido. “Caso o consumidor encontre álcool líquido disponível à venda, a vigilância sanitária municipal deve ser comunicada e o produto será apreendido”, explica o coordenador da Vigilância Sanitária Estadual, Paulo Costa Santana.

Acidentes graves

O álcool líquido é menos seguro do que a forma em gel e aumenta os riscos de acidentes graves com queimaduras. “A apresentação em gel evita que, em caso de derramamento, o álcool tenha contato com grandes áreas do corpo, como ocorre na forma líquida. Além disso, rende três vezes mais que o líquido”, cita Santana.

De janeiro a novembro do ano passado, 448 crianças foram internadas no Sistema Único de Saúde vítimas de queimaduras por fogo, fumaça ou chamas. Destas, 33 tiveram contato com substâncias inflamáveis. Entre os adultos, o risco de acidentes com álcool líquido também é grande. Em 2011, o Hospital Evangélico atendeu 329 adultos vítimas de queimaduras, dos quais 25% tiveram contato com álcool.

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