Água não contaminou crianças em Maringá

A possibilidade de contaminação pela água das 350 crianças que sofreram sintomas de intoxicação em Maringá, na madrugada da última sexta-feira, foi descartada ontem, quando a Sanepar anunciou oficialmente laudo que atestava ausência de contaminantes microbiológicos nas amostras recolhidas. Tanto a água dos bebedouros quanto das torneiras da cozinha onde as refeições estavam sendo preparadas para os cerca de cinco mil participantes do Festival de Artes da Rede Estudantil (Fera), promovido pelo governo do Estado, foram analisadas. O laudo dos alimentos recolhidos, porém, deve ficar pronto no prazo de uma semana.

As vigilâncias sanitárias do município e do Estado estão verificando a comida utilizada no evento e devem cruzar dados para chegar a um resultado concreto sobre o que causou principalmente diarréia nas crianças, acompanhada em alguns casos de vômitos e desidratação leve. As suspeitas recaem em grande parte sobre a carne de porco, consumida pelos estudantes no jantar da quinta-feira.

Mas, apesar dos procedimentos, os resultados podem não ser tão representativos quanto se espera. Isso porque, conforme salientou a assessoria de imprensa da Prefeitura de Maringá, as amostras recolhidas para análise foram de alimentos que seriam usados no almoço da sexta-feira, já que todas as sobras do jantar do dia anterior foram descartadas na mesma noite.

Para a diretora de análises clínicas do HU, Valderez Franco, há suspeitas de que o incidente possa ter sido causado por uma toxina bacteriana – ou seja, espécie de excreto de bactéria – presente no alimento.

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