Trabalhadores da Sanepar e a direção da empresa chegaram ontem a um acordo em relação ao índice de reajuste salarial. A empresa está oferecendo aumento de 3,12%, que corresponde à inflação do último ano, mais um aumento linear de R$ 55 para todos os trabalhadores. Mas as negociações ainda não terminaram. O governador Roberto Requião quer que os sete dias de greve sejam descontados.
Os trabalhadores iniciaram a negociação pedindo um reajuste de 20% para compensar as perdas acumuladas em 10 anos. Mas a Sanepar ofereceu apenas a inflação. Os trabalhadores entraram em greve e a empresa formalizou duas novas propostas, ambas recusadas pela categoria. Os funcionários só resolveram voltar atrás depois que a Sanepar protocolou um pedido de dissídio coletivo, deixando que a decisão ficasse a cargo da Justiça, além de retirar a última proposta apresentada.
Ontem, o governador Roberto Requião se reuniu com a direção da Sanepar e autorizou a empresa a reapresentar os últimos índices de reajuste oferecidos, sob a condição de descontar os sete dias em que os trabalhadores ficaram de braços cruzados.
Segundo o presidente da União dos Sindicatos dos Trabalhadores da Sanepar (USTS), Gerti José Nunes, 16 sindicatos aceitaram a proposta – só os de Maringá e Londrina ainda não informaram a sua decisão. O acordo entre trabalhadores e a empresa será assinado hoje. No entanto, os sindicalistas pretendem continuar negociando com a Sanepar o não desconto dos dias parados.