Acidente simulado testa preparo do Afonso Pena

Vinte e dois “feridos” e três “mortos”. Foi este o saldo do acidente aéreo simulado ontem no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. O exercício, realizado uma vez por ano, tem como objetivo verificar na prática o preparo de voluntários, equipe médica do aeroporto e do Siate, além da rapidez e eficiência do Corpo de Bombeiros no caso de um eventual acidente aéreo no Afonso Pena. O histórico do aeroporto mostra que em quase 30 anos de fundação não foi registrado um único acidente com vítimas, segundo a assessoria de imprensa da Infraero.

“A simulação é para testar a operacionalidade das equipes de emergência”, explica o superintendente da Infraero Mário Macedo. Além da equipe do Corpo de Bombeiros e médicos do Siate, participaram do exercício 65 funcionários do Afonso Pena que fizeram o Curso de Voluntários de Emergência (CVE) na semana passada.

Remoção real

Apesar de a simulação acontecer todos os anos, Macedo explica que a diferença dessa vez foi o contato on line com os hospitais de Curitiba e São José dos Pinhais. “A remoção ocorre como se fosse de verdade, com as ambulâncias já sabendo para quais hospitais as vítimas podem ser levadas”, conta. Na simulação, os passageiros feridos foram encaminhados aos hospitais São José e o Talamine, ambos em São José dos Pinhais, e ao Hospital do Trabalhador, em Curitiba.

Ao todo, foram utilizadas três ambulâncias do Siate, dois da Infraero e cinco carros do Corpo de Bombeiros, além de um helicóptero da Secretaria de Segurança Pública. Na simulação, um Boeing 737 com 25 passageiros teria caído em uma área restrita do aeroporto e se incendiado. Toda a operação de salvamento foi cronometrada e o resultado será estudado por uma equipe da Infraero. Para o superintendente, apesar de se tratar apenas de uma simulação, o exercício cumpre o seu papel de evitar tragédias maiores. “A gente mede tudo: o deslocamento dos enfermeiros, médicos. Os próprios voluntários teriam saldo várias vidas se o acidente ocorresse de verdade”, aponta. De janeiro a outubro deste ano, mais de 2 milhões de pessoas passaram pelo Aeroporto Internacional Afonso Pena.

Voltar ao topo