Abrabar quer proibir bebidas em feiras

A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) abriu fogo contra a Prefeitura de Curitiba. O motivo é a falta de uma lei que proíba a venda de bebidas alcoólicas em feiras livres e espaços públicos. Além de reclamar da concorrência injusta, já que bares e lanchonetes alegam pagar altas taxas públicas, os donos de bares denunciam que muitos problemas provocados por excesso de bebida têm acontecido nesses locais.

"Não há nenhum tipo de controle do que é vendido e para quem é vendido. Depois a Prefeitura vem falar em aumento da violência por conta da bebida, querendo fechar os bares às 23h", diz o diretor da Abrabar, Fábio Aguayo, mostrando que a pendenga vai além da venda de bebidas liberada nas praças. "Há dois pesos e duas medidas. Esses comerciantes estão desvirtuando o sentido real das feiras para vender álcool, sem pagar as taxas devidas. A atitude já provocou racha entre os feirantes", assegura.

Entretanto, a Secretaria Municipal de Abastecimento, que responde pelo funcionamento das feiras, explica que não existe a proibição do comércio de bebidas alcoólicas em feiras que vendem alimentos preparados para o consumo no local. "A venda é autorizada em barracas de comidas e feiras gastronômicas, e os comerciantes são todos cadastrados, pagando as taxas referentes ao uso do espaço público", diz o diretor da secretaria, Luiz Gusi. Atualmente, ele diz que existem em Curitiba 100 pontos onde se desenvolvem atividades gastronômicas e noturnas e que há 600 comerciantes cadastrados.

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