Na contramão da tecnologia, muita gente ainda busca aprender a trabalhar com o ábaco – instrumento utilizado na China há pelo menos 2,5 mil anos – para fazer cálculos. Em Curitiba, sua utilização é ensinada dentro do Método Supera Ginástica para o Cérebro, que ajuda os adeptos a se tornarem mais criativos e rápidos de raciocínio.
?Com a digitalização, adultos e crianças deixaram de trabalhar com o concreto. Desta forma, passaram a desenvolver muito o lado racional e deixaram de trabalhar o lado criativo. A utilização do ábaco promove um retrocesso em relação ao uso da tecnologia e ajuda as pessoas a melhor desenvolverem, além da criatividade, o raciocínio lógico, a concentração, a liderança e a autoconfiança. Além disso, as ajuda a encararem problemas sobre ângulos diferentes?, diz o diretor de expansão e franchising do Método Supera, Paulo Sérgio Pereira da Rocha.
O instrumento possibilita – além da adição, subtração, multiplicação e divisão – a extração das raízes quadrada e cúbica, conversão de pesos e medidas e trabalhos com horas, minutos e segundos. No ábaco, é possível operar números inteiros, decimais e negativos.
O estudante Brian Allan Sendrete, de 14 anos, começou a trabalhar com o ábaco há um ano e meio. Com o instrumento em mãos, ele realiza operações de soma e subtração mais rápido do que uma pessoa que tenha uma calculadora em mãos. ?Depois que comecei a trabalhar com o ábaco, passei a ter mais vontade de aprender e descobri que não devo desistir rápido das coisas.?