Discutir cenários, estratégias e posicionamentos de mercado e identificar propostas para aumentar a competitividade de um dos segmentos que mais gera emprego e renda no País. Esse é um dos objetivos do Congresso Nacional Moveleiro que acontece entre os dias 28 e 29 de junho em Arapongas (PR).
O evento, promovido pelo Sebrae em parceria com a Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário), acontecerá paralelamente à FIQ 2006 ? Feira Internacional da Qualidade em Máquinas, Matérias-Primas e Acessórios, e pretende atrair cerca de 800 profissionais de 12 pólos produtores e 72 Arranjos Produtivos Locais, além de especialistas ligados à produção, distribuição, varejo e marketing do segmento.
De acordo com dados da Abimóvel, o setor reúne cerca de 16 mil empresas e emprega em torno de 206 mil pessoas em todo o País. O Estado do Rio Grande do Sul é o maior produtor de móveis e Santa Catarina o maior exportador. O Brasil é o 12º no ranking de países exportadores de móveis.
Entre os itens mais exportados em 2005 estão móveis em geral (782 milhões peças), assentos (206 milhões peças) e colchões (dois milhões de unidades). Desses produtos, 38% vão para os Estados Unidos, seguido pela França (9%), pelo Reino Unido (7%) e Argentina, Alemanha e Espanha com 4%. Só em 2005, o Brasil exportou algo em torno de US$ 991 milhões em produtos moveleiros e importou US$ 108 milhões. Mesmo assim, com um saldo positivo de pouco mais de US$ 883 milhões, o segmento sofre com a forte competitividade de países como a China, por exemplo.
Para Paulo Baciuk, um dos coordenadores de projetos do setor de madeira e móveis do Sebrae Nacional, o Congresso Nacional Moveleiro vai possibilitar um ambiente de debates com especialistas nacionais e internacionais que tratem de informações sobre como identificar riscos e oportunidades, analisar cenários, provocar a conscientização geral sobre a realidade de negócios e incentivar ações coletivas entre os empresários.