Paraná registrou dois casos de dengue

Dados preliminares do setor de controle de doenças transmitidas por vetores da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) mostram que o Paraná registrou apenas dois casos de dengue autóctone (contaminação no local) neste ano, contra 528 registrados no mesmo período de 2003. Os números são resultado das ações preventivas realizadas pela Sesa desde o ano passado. Em 2003, o número de casos confirmados de dengue foi alto em função da falta de ações preventivas no ano anterior.

Até agora foram investigados mais de 150 casos suspeitos em todo o Estado. Dos dois confirmados, um é de Londrina e o outro de Maringá. Outros seis casos importados foram registrados, três em Curitiba, dois em Cornélio Procópio e um em Cascavel. Entretanto essas ocorrências são de pessoas que contraíram a doença fora do Estado, durante viagem, e apresentaram os sintomas apenas quando voltaram para suas cidades.

As ações de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, tiveram início em junho do ano passado. Foram treinados 2 mil técnicos e 400 supervisores para atuarem no serviço de combate e fiscalização da doença. Eles visitam residências e áreas comerciais dos 399 municípios do Paraná em busca de possíveis focos do mosquito. “Estamos atuando em todo o Estado, fazendo trabalho de investigação e eliminação de focos do mosquito”, enfatizou o diretor do Centro de Saúde Ambiental da Sesa, José Francisco Konolsaisen. “Na região de Londrina, uma das mais atingidas no ano passado, instalamos 40 mil armadilhas que nos ajudam a localizar focos do mosquito, fazendo com que nosso trabalho seja mais eficiente”. Somente na 17.ª Regional, de Londrina, a Sesa investiu cerca de R$ 850 mil em trabalhos preventivos. Nas demais regiões o trabalho foi centralizado nas ações dos agentes, vistoriando residências e áreas comerciais.

Toda pessoa que apresenta sintomas parecidos com os da dengue é submetida a exames a pedido do médico, que são enviados para laboratórios que confirmam ou descartam a doença. “Essa é a melhor maneira de monitoração. Nos primeiros sintomas o médico faz a notificação e nós investigamos o caso”, disse Konolsaisen. O número de notificações aumenta diariamente, já que cada caso suspeito é enviado para análise, mas não significa necessariamente que as confirmações também cresçam na mesma proporção.

Transmissão

A dengue é transmitida pelo Aedes aegypti que, quando está infectado com o vírus, passa a doença para os seres humanos. A maior incidência ocorre durante o dia, principalmente no início da manhã e no final da tarde. Os sintomas da enfermidade são muito parecidos com o da gripe. Dor de cabeça, dor no corpo e atrás dos olhos, nas juntas e manchas avermelhadas pelo corpo são sinais que a pessoa pode ser sido infectada. A época mais propícia para a proliferação do mosquito é o verão, em decorrência do calor e das fortes chuvas durante essa época do ano.

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