Paraná festeja fim da suspeita de aftosa e quer recuperar tempo perdido

Curitiba (AE) – A manhã de hoje (1) foi de comemorações entre autoridades e representantes de pecuaristas do Paraná, em razão das notícias de que o laudo do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), de Belém (PA), aponta para a não existência de febre aftosa no Estado. "Não temos aftosa, vamos insistir na vacinação e recuperar o tempo perdido", disse o governador Roberto Requião (PMDB).

Ele não deixou de criticar novamente a "lentidão e a ineficácia" do laboratório. "Não tinha condições de isolar o vírus, não tinha condições de completar os testes", acentuou. No caso do Estado, ressaltou que não houve nenhuma precipitação ao informar as suspeitas de aftosa no dia 21 de outubro. "Nós seguimos um protocolo internacional. Recebemos gado do Mato Grosso do Sul na feira de Londrina e não podíamos expor o Brasil a um acidente sem precaução", afirmou.

O diretor-geral da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab), Newton Pohl Ribas, disse que já estavam sendo tomadas as medidas necessárias para a desinterdição das propriedades vizinhas às quatro onde ficaram confinados os 19 animais suspeitos. Somente numa extensão de 3 quilômetros ao redor de cada uma ainda permanecerá uma restrição ao tráfego, em razão da necessidade de realizar exames sorológicos.

Ele acredita que, tão logo sejam publicados os laudos, os Estados vizinhos flexibilizem suas barreiras voltando-se à normalidade. Em Curitiba para uma reunião do Conselho de Desenvolvimento do Sul (Codesul), o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), anunciou a reabertura das fronteiras para produtos do Paraná. "Passam a entrar livremente, mas permanecem os controles que temos que fazer com os produtos do Mato Grosso do Sul", salientou.

O presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski, lamentou apenas os prejuízos para os produtores, sobretudo de leite. "Os produtores já estão cobrando das entidades um posicionamento sobre ressarcimento", disse. De acordo com o diretor-geral da Seab, os chefes dos núcleos regionais estão fazendo um levantamento. Os valores devem ser negociados posteriormente com o governo federal.

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