Para sindicalista, Varig não sobrevive mais uma semana sem solução

Rio – A solução para a Varig terá de ser encontrada amanhã (9), "porque a empresa não agüenta mais". A afirmação foi feita à Agência Brasil pela presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino. Segundo ela, "se não resolver amanhã, em uma semana a empresa não sobrevive mais".

Para Selma Balbino, a Varig necessita, "urgentemente", da entrada de dinheiro até a próxima sexta-feira. "Acho que dependendo do investidor que for aprovado, se ele não tiver dinheiro para botar em 72 horas, babau, já era. A empresa não tem condições de sobrevida". Ela considera que esta semana é definitiva para a Varig.

Selma afirmou que a transferência para amanhã (9) da assembléia de credores da Varig que estava marcada para hoje, a pedido da administradora judicial por questão de segurança, não terá grande desdobramento.

Sobre as três propostas de investimento reunidas até agora, Selma disse que a intenção dos Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) de injetar na companhia recursos do fundo de pensão Aerus "é inviável".

Ela disse que não pronunciaria sobre as demais propostas, porque conhece apenas a do governo e da consultoria norte-americana Alvarez & Marsal, que prevê a cisão da Varig em duas empresas, uma que operaria linhas domésticas, que seria vendida em leilão, e outra para rotas internacionais, incluindo o passivo, que permaneceria em recuperação judicial.

Selma comparou a proposta de um grupo estrangeiro, apresentada pelo consultor Jaime Toscano, a "um corpo sem cabeça", uma vez que não são identificados os investidores.

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