Para Simon, Palocci deveria deixar cargo e Mattoso ser demitido

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) voltou hoje a criticar o governo e dizer que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, deveria deixar o cargo e o que o presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Jorge Mattoso, ser demitido.

Para Simon, a situação agora ficou "muito mais séria". "A melhor coisa que o ministro poderia fazer é se licenciar", avaliou. Ele chamou de "provocação" o pedido de 15 dias da CEF para descobrir os responsáveis pela quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, mais conhecido como "Nildo".

"Não precisaria de mais de cinco minutos." Segundo Simon não resta dúvida de que Mattoso está envolvido na violação do sigilo. "É claro que o presidente da Caixa fez isso dentro de um esquema para proteger o ministro."

O senador do PMDB do Rio Grande do Sul mostrou-se indignado também com o fato de "Nildo" ter sido impedido de continuar o depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos.

"Não deixaram ele fazer um depoimento tranqüilo, sereno. Nunca imaginei que uma testemunha fosse proibida de falar", afirmou. Para Simon, "Nildo" tem hoje o papel do motorista que testemunhou no caso Collor e que levou ao impeachment dele.

O deputado do PMDB também falou sobre a absolvição, pela Câmara dos Deputados, dos deputados Wanderval Santos (PL-SP) e João Magno (PT-MG). "O que a gente está sentindo é que está havendo um acordão na Câmara", atacou.

"Os deputados do PFL e do PT fazem troca-troca de absolvições", acrescentou. Sobre a manutenção da verticalização dos partidos, Simon discorda que o PMDB possa ser o mais prejudicado e acha que deverá sair com candidato próprio, provavelmente o ex-secretário de Governo e Coordenação do Estado do Rio, Antony Garotinho. "A verticalização vai atingir mais o PT e o PSDB", afirmou.

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