Para PT, origem do esquema montado por Valério está no PSDB

Para contestar o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista dos Correios, elaborado pelo relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), o PT afirma – num voto que apresentará em separado ao texto oficial – que a origem do esquema montado pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza está no PSDB e remonta à campanha ao período de 1997 a 1998, quando o então governador de Minas Gerais e atual senador Eduardo Azeredo (PSDB) lutou pela reeleição. "Descobriu-se ali o DNA do esquema Marcos Valério", afirma o voto em separado, que é conhecido como "relatório paralelo". O parecer diz também: "Há evidências de que Marcos Valério manteve relacionamento constante e intenso com o senador (então governador) Eduardo Azeredo, desde a campanha, em 1998."

 O PT pretende que esse documento seja votado na sessão de amanhã (05) da CPI. O texto diz também que, no período entre 1997 e 1998, o governo de Minas Gerais era "o sexto maior alimentador das contas de Marcos Valério". Ao contrário do relatório de Serraglio, que não se estende muito sobre o esquema relativo a Azeredo – embora tenha recomendado o indiciamento dele -, o voto do PT dedica muitas páginas ao caso. "O empréstimo bancário foi o meio encontrado para obtenção dos recursos que se faziam necessários tanto em 1998 como em 2003-2004. Não se conseguiu provar se, de fato, tais empréstimos existiram na forma tornada pública, mas não há elementos que permitam considerar tais empréstimos como uma farsa.

Contudo, no caso de Minas Gerais e no governo federal do PSDB no período de FHC (1999-2002), processos judiciais em estágio avançado têm comprovado que existem sérias irregularidades nos contratos firmados com as empresas de Marcos Valério (exemplos: Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho e Secretaria de Saúde de Goiás)."

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