Para presidente do Supremo, outros bancos devem dividir depósitos

Brasília – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim, avalia que a exclusividade do Banco do Brasil (BB) e da Caixa Econômica Federal (CEF) na gestão dos depósitos judiciais deverá cair em breve. A pessoas próximas, ele prevê que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que instalou uma comissão para analisar o caso, irá considerar que nem sempre os dois bancos cobram taxas menores que outras instituições financeiras no mercado para administrar um montante de mais de R$ 50 bilhões.

Atual presidente do conselho, Jobim quer distância do debate público sobre o assunto, evitando comentários. Ele está convencido de que um julgamento sobre a questão é inevitável. Como revelado pela Agência Estado, o BB e a Caixa bancam despesas do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Em troca, os bancos garantiriam a exclusividade na gestão dos depósitos judiciais. Jobim pondera que é preciso avaliar se a gestão dos dois bancos, que pagam despesas como festas e reformas de prédios do Tribunal, resultam de fato em prejuízos para os contribuintes. Jobim preside amanhã a última reunião do ano do Conselho Nacional de Justiça.

Como a comissão encarregada de analisar a questão dos depósitos judiciais ainda não encerrou o trabalho, o tema não estará na pauta do encontro. A reunião do conselho tem uma agenda extensa, com muitos outros casos para serem analisados e julgados. Ainda assim, Jobim deverá discutir o assunto em conversas reservadas com os conselheiros.

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