Para Lula, reunião do Ibas é um marco histórico

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou nesta quarta-feira (13) que a reunião de cúpula do Fórum Ibas (Índia, Brasil e África do Sul) será um marco histórico e terá impacto relevante na construção da Cooperação Sul-Sul – uma das peças fundamentais da sua política externa, que privilegiou as relações com os países em desenvolvimento. "A Cooperação Sul-Sul veio para ficar, para se fortalecer e construir uma definitiva relação do Brasil com a Índia e a África do Sul", afirmou, no encontro com o presidente da África do Sul o primeiro-ministro da Índia, e empresários de seus países.

Ao conduzir o encontro, Lula escorregou ao fazer uma sugestão – a de que, para a próxima reunião de cúpula, em 2007 na África do Sul, seja organizada também uma "cúpula" empresarial para apresentar os resultados obtidos. Capitaneado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o encontro empresarial ocorreu ontem na sua sede, em Brasília, e foi esta a razão para que altos-executivos de companhias dos três países estivessem diante dos três chefes de Estado naquele momento.

O presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, sugeriu que o Fórum Ibas se atenha a uma cooperação "real e prática", voltada para o crescimento econômico, o desenvolvimento, o aumento do investimento e o combate à pobreza – um mal concentrado justamente nos países do "Sul". Destacou ainda a necessidade de eliminação das barreiras entre os três países na cooperação e no comércio.

O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, focou sua exposição inicial nas vantagens da cooperação entre os três países na área de segurança energética, justamente porque atuam em setores alternativos ao petróleo – o Brasil, com o etanol e biodiesel, a África do Sul, com o gás, e a Índia, com a energia solar. Igualmente destacou o potencial de "sinergia" no comércio de bens e serviços, no desenvolvimento tecnológico e nos investimentos. "Os três países tiveram um excelente comércio nos últimos anos, e devemos persistir com a nossa meta de alcançar US$ 10 bilhões no comércio trilateral até 2010", afirmou, referindo-se a um cenário que foi traçado há dois anos.

Voltar ao topo