Para Genro, reforma política pode acabar com irregularidades

O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse nesta sexta-feira (25) em palestra do Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP) que o financiamento público das campanhas, a fidelidade partidária, a votação em lista são os principais pontos da reforma política. "Independentemente de oposição ou de governo, isso poderá desbloquear o sistema político, reforçar os partidos e, sobretudo, acabar com a fonte de relacionamento, eu diria, irregular dos políticos com os empresários no financiamento das campanhas", disse Genro.

Segundo o ministro, a reforma política não está em votação no Congresso Nacional porque ainda há "pontos de vistas fragmentados" sobre o tema. "Essa fragmentação deve ser vencida através do diálogo, da persuasão e da produção de um grande consenso, para que os três temas possam ser abordados de maneira adequada ao futuro do País", afirmou. Genro destacou ainda que o governo não quer impor sua proposta de reforma, nem interferir sobre a decisão do Congresso Nacional. "O governo quer criar condições para que haja um diálogo no parlamento".

Para o ministro, o País vive um momento "maduro" para que a reforma seja votada pelo congresso, mas não quis arriscar uma data. Ele diz acreditar que a atual legislação sobre o tema "bloqueia o processo democrático e cria instabilidade política".

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