Para Bernardo, inflação projetada será considerada pelo CMN

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse nesta terça-feira (29) que o Conselho Monetário Nacional (CMN) composto por ele, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, deve levar em conta os indicadores macroeconômicos do País na próxima reunião no dia 28 de junho. Há rumores de que a meta de inflação do País poderá ser reduzida dos atuais 4,5%, já definidos para 2007 e 2008, para 4,0% em 2009, numa decisão que ainda deverá ser avaliada pelo CMN.

"Vamos levar em consideração os dados da economia, principalmente os macro, como dólar e inflação projetada. Mas ainda não começamos este debate", disse ele ao ser questionado sobre se a redução da meta de inflação será discutida no próximo encontro, após participar de debate sobre os desafios para o crescimento da economia do País frente ao tamanho do estado brasileiro, no III Fórum Globo News, em São Paulo.

Bernardo disse também que concorda com a avaliação de diversos economistas e representantes de setores produtivos de que há espaço para uma queda mais acelerada da Selic.

Sua opinião foi aprovada pelo presidente da Companhia Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, presente no debate, e por um estudo do Banco Mundial (Bird), publicado na edição de hoje do jornal O Estado de S. Paulo, afirmando que o Banco Central poderia baixar os juros mais rapidamente. "Eu não vi o estudo do Banco Mundial, mas acho que as críticas que o Roger Agnelli fez são pertinentes. Concordo que nós temos toda uma avenida aberta para diminuir a taxa de juros, mas me abstenho de fazer maiores comentários até porque acho que o BC tem que trabalhar com autonomia nesta questão", opinou.

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