Para a ONU planejamento familiar é direito da mulher para evitar pobreza

Brasília – O planejamento familiar é um direito fundamental para a capacidade das mulheres de moldar seus destinos e livrar suas famílias da pobreza. É um dos investimentos mais sábios e eficazes para qualquer país. Essa é uma das constatações do relatório anual sobre a situação da população mundial 2005, divulgado hoje (12) pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).

O relatório revela que, da estimativa de aumento da população mundial dos atuais 6,5 bilhões para 9,1 bilhões em 2050, a maior parte ocorrerá nos 50 países mais pobres. Nessas regiões, a calcula-se que população deve passar do dobro do tamanho atual. Diante dessa realidade, o planejamento familiar permitiria que as mulheres adiassem a maternidade até concluir sua educação, participar da força de trabalho e adquirir qualificações e experiência.

Outro benefício do planejamento familiar seria proporcionar melhor qualidade de vida, devido à redução no tamanho das famílias; queda da mortalidade materno-infantil; prevenção contra o HIV, em função do uso de preservativos; desenvolvimento econômico e social; e equilíbrio entre os recursos naturais e as necessidades da população (por meio de um crescimento demográfico mais lento).

De acordo com o documento, nos países mais pobres as mulheres ainda têm em média cinco filhos e 5 milhões delas não têm acesso a métodos de contracepção eficazes. "Se tivessem uma opção, muitas adotariam o planejamento familiar", diz o relatório. O documento revela que na África somente 20% das mulheres casadas usam métodos de contracepção, enquanto a média mundial é de 54%.

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