Palocci faz balanço positivo das viagens à Coréia do Sul e ao Japão

O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, fez um balanço positivo da viagem da
comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Coréia do Sul e ao Japão. Com
a Coréia, foi aberto novo espaço de comércio e investimento em tecnologia para o
Brasil. Com o Japão, segundo o ministro, "o resultado ficou acima da expectativa
em relação ao metanol". Palocci informou que a questão vinha sendo tratada no
Japão há muitos anos, com cautela, porque havia resistência ao uso do
combustível na mistura com a gasolina. Mas na reunião com o primeiro ministro
Junichiro Koizumi, acrescentou, "foi estabelecido um acordo para colocar essa
questão em fase de estudo final".

Palocci disse que a decisão mostrou o
entendimento do Japão de que o metanol tem um sentido estratégico importante. E
abre espaço comercial e de investimentos, pois o Brasil é detentor da tecnologia
e poderá haver ganho em volume de comércio e exportação de tecnologia. "O Brasil
tem também o melhor parque industrial. Nossa produção de metanol é a mais
eficiente do mundo em termos de custo e volume. E a questão se torna cada vez
mais importante diante do crescente preço do petróleo", disse.

Em relação
à Coréia do Sul, Palocci lembrou a abertura de um novo espaço para comércio e
investimento em tecnologia. A Coréia resolveu liberar a entrada de carne de
frango do Brasil e o Brasil trabalha para a aceitação também da carne bovina. No
campo comercial, a previsão do ministro da Fazenda é a de que a agenda dos
ministros Roberto Rodrigues (Agricultura) e Luiz Fernando Furlan
(Desenvolvimento) produza resultados de curto prazo, diante da receptividade
positiva às gestões da comitiva brasileira.

Na opinião de Palocci, o
presidente Lula transmitiu mensagem de segurança muito importante, durante o
café da manhã com autoridades japonesas, ao falar sobre a estabilidade da
economia brasileira no longo prazo. "O Japão é um país conservador, no que se
refere a investimentos, por isso as palavras do presidente foram importantes
para mostrar que há segurança não só no governo atual, mas uma consolidação que
o Brasil vem fazendo ao longo dos últimos anos em relação ao combate à inflação
e à estabilidade fiscal", disse o ministro. Ele acrescentou que a mensagem do
presidente "deverá calar fundo na percepção dos investidores japoneses, porque
eles não se expôem a riscos e vêem com muitos detalhes o andamento da economia".

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