Palocci evita falar sobre taxa de câmbio

Menos de duas horas antes de o Banco Central (BC) decidir intervir no mercado de câmbio, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, procurou hoje (6) fugir de qualquer pergunta sobre as preocupações no governo em torno do nível ideal da taxa de câmbio para não prejudicar o esforço exportador do País. "Eu não quero falar sobre isso não", se esquivou Palocci, enquanto caminhava pelos corredores de um hotel em Brasília, cercado por um punhado de repórteres, fotógrafos e cinegrafistas. Ele havia acabado de participar da abertura de um encontro organizado pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

Cauteloso, Palocci tentou sair pela tangente ao afirmar que o assunto era importante, mas "não (era importante) falar sobre ele". O ministro resistiu à insistência dos jornalistas que questionaram sobre o fato de alguns integrantes do governo, entre eles o ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, pedirem uma ação do Banco Central para desvalorizar o real.

"A pergunta é complicada, não é ministro!?", perguntou um repórter. Ao que o ministro respondeu: "a resposta que é complicada". Na semana passada, quando o debate sobre a taxa de câmbio ganhou força com a valorização mais acentuada do real frente ao dólar, Palocci já havia defendido o sistema de câmbio flutuante adotado pelo Brasil e afirmado que o governo não vê com bons olhos fixar valor para a taxa de câmbio e fazer "populismo cambial".

Voltar ao topo