A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nesta quinta-feira (28), ao comentar a crise no setor aéreo, que o País precisa reestruturar a área, definindo regras claras e uma política clara de aviação civil. Em café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, a ministra qualificou o problema de "complexo" e defendeu a permanência do ministro da Defesa, Waldir Pires, no cargo. "O ministro Waldir Pires talvez seja, do ponto de vista governamental, o quadro com maior experiência", afirmou. Ele defendeu a definição de "regras claras para o setor operar" e disse que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) tem pouco tempo de funcionamento e ainda não passou por um processo de amadurecimento.
"A Anac tem menos de um ano. Pegou um setor monopolista, sem política de aviação clara", avaliou. A ministra disse que a Varig "era a política de aviação civil" no País, mas faliu por não conseguir, segundo ela, se adaptar à evolução do mercado, que hoje é mais competitivo. "Todas as agências passaram por um processo de amadurecimento. As que têm mais tempo estão mais bem implantadas." Ex-ministra de Minas e Energia, Dilma afirmou que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) "é muito bem implantada.
Na avaliação da ministra, o governo, no início, deixou claro, por meio de lei, quais são as funções das agências e as dos ministérios. "As agências devem regular, e quem planeja os setores são os ministérios." Dilma Rousseff afirmou também não ter "dúvida nenhuma" de que a discussão atual da crise "será capaz de reestruturar o setor" de aviação civil.