PAC pode contribuir para geração de empregos no setor industrial, aponta Ipea

Brasília – A indústria apresentou melhores resultados e sinal de recuperação em 2006. De acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o emprego no setor cresceu 0,9%, em relação ao último trimestre do ano anterior.

Para o consultor Marcelo D’Ávila, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os índices ainda são baixos, mas ele disse acreditar que neste ano o cenário pode mudar, a partir da aprovação dos projetos previstos no Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), lançado em janeiro pelo governo federal.

O emprego na indústria, destacou o consultor, tem perdido força por conta de dois fatores principais: fraco desempenho da economia e variação cambial. "A criação de emprego ainda é insuficiente quando se compara com a procura de vagas no mercado de trabalho. Com o baixo crescimento do PIB, o mercado não consegue absorver um contingente maior de pessoas", disse.

D’Ávila lembrou ainda que a dificuldade de criação de empregos não é um fenômeno exclusivo do setor industrial. O setor calçadista, por exemplo, sofre atualmente com a valorização do real. De acordo com o consultor, a desoneração da folha de pagamento seria uma boa medida para a evolução da indústria. No Brasil, destacou, a tributação é "extremamente pesada", o que deixa os empresários receosos e diminui a possibilidade de maior fluxo de empregos no setor.

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