Oviedo mantém-se longe da fronteira com o Paraguai

Dois dias após sua passagem por Brasília, onde foi advertido publicamente pelo Ministério da Justiça de que não poderia mais envolver-se em atividades políticas que desestabilizem o governo paraguaio, o general Lino Oviedo voltou a submergir em sua clandestinidade particular, monitorado pela Polícia Federal. Desta vez, entretanto, o militar mantém-se afastado da fronteira para não correr riscos diante da decretação de sua captura internacional pela Justiça do Paraguai.

Oviedo está legalmente no Brasil desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou sua extradição, mas seus assessores temem que ele seja seqüestrado na região de fronteira seca de Mato Grosso do Sul, onde costuma reunir-se com correligionários. Em Foz do Iguaçu, na divisa com Ciudad del Este, centro da rebelião de segunda-feira, o general também não está, de acordo com relatos da PF.

Sua localização no Brasil é mantida sob sigilo, tanto pela polícia, quantos pelos assessores pessoais, que alegam motivo de segurança. De acordo com o general, sua cabeça foi posta a prêmio no Paraguai, com recompensa de US$ 3 milhões na mais recente cotação. Por todo lugar onde vai no País, ele está sempre acompanhado de dois ?secretários? e, quando é localizado pela imprensa, muda imediatamente de cidade, como ocorreu em Cuiabá, na terça-feira.

?Só falta falarem que sou sócio do Osama bin Laden?, reclamou na quarta-feira, após deixar o ministério. Oviedo é acusado de estar por trás das recentes rebeliões contra o governo paraguaio. Ele nega qualquer envolvimento, embora estivesse participando de várias reuniões políticas com aliados na fronteira.

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