Otimismo do IBGE para o mercado de trabalho continua

O aumento da taxa de desemprego e a queda do rendimento em janeiro, ante dezembro do ano passado, não revertem a tendência de melhoria qualitativa do mercado de trabalho, segundo avalia o gerente da pesquisa mensal de emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo. De acordo divulgou hoje o instituto, a taxa de desemprego apurada nas seis principais regiões metropolitanas do País foi de 9,3% em janeiro em relação aos 8,4% registrados no mês anterior. O rendimento médio real dos trabalhadores caiu 1,1% em janeiro na comparação com dezembro.

Segundo Azeredo, ambos os movimentos são sazonais, normais nessa época do ano, quando há demissões de trabalhadores temporários contratados para as festas de fim de ano e não há comissões e benefícios, como ocorre em dezembro. Ele explica que, mesmo que o rendimento apurado pelo IBGE seja o habitualmente recebido, sem inclusão de bônus temporários, o forte movimento de pagamento de benefícios no final do ano não é totalmente excluído na contabilidade dos rendimentos de dezembro e janeiro.

"Ao longo do segundo semestre há inserção de trabalhadores temporários no mercado de trabalho para o final do ano, e grande parte é dispensada em janeiro e parte em fevereiro e março", disse Azeredo. Ainda segundo ele, "embora o mercado de trabalho, em termos quantitativos, esteja bem próximo a 2006, persiste uma melhora qualitativa", disse.

O gerente da pesquisa observa que, como o efeito sazonal é muito forte nos dados de janeiro comparativamente a dezembro, a maneira mais adequada de avaliar o mercado de trabalho no primeiro mês do ano é confrontá-lo com igual mês do ano anterior. Nessa comparação, a taxa de desemprego "não apresentou variação estatisticamente significativa" – havia sido de 9,2% em janeiro de 2006 – e o rendimento aumentou 4,7%. Além disso, o número de trabalhadores com carteira assinada, que recuou 0,8% em janeiro ante dezembro, cresceu 4,1% em relação a janeiro de 2006.

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