Orçamento Participativo do PT inspira francesa Ségolène

Iniciativa conhecida dos brasileiros – em especial os de Porto Alegre – o Orçamento Participativo (OP) é um dos principais projetos da candidata presidencial francesa Ségolène Royal, deputada do Partido Socialista e presidente do Conselho Regional de Poitou-Charentes, no oeste da França. Há três anos, cerca de 50 mil pessoas escolhem pelo voto direto a destinação dos 10 milhões do orçamento de Poitou-Charentes, que tem 1,7 milhão de habitantes.

O Budget Participatif (BP), implementado na região por Ségolène no início de sua gestão, é um dos símbolos de sua campanha presidencial. A candidata vem caindo nas pesquisas para o primeiro turno, em abril, e perdeu a liderança para seu principal rival, Nicolas Sarkozy, ministro de Interior do governo de Jacques Chirac, mas sua presença no segundo turno, em maio, é tida como quase certa. Ontem, ela fez mudanças em sua equipe eleitoral para tentar reverter a queda nas intenções de voto.

Seu programa de orçamento, segundo confirmaram ao Estado várias fontes do Partido Socialista, foi diretamente inspirado no modelo introduzido em 1989 pelo PT na administração do então prefeito de Porto Alegre, Olívio Dutra. A idéia era assegurar que as prioridades da população, como investimentos em Saúde, Educação, Habitação e Saneamento fossem determinadas pelo voto direto.

A fórmula foi aplicada em Poitou-Charentes depois que os socialistas da França tomaram conhecimento dela no Fórum Social Mundial de 2001 – por intermédio dos educadores franceses Marc Fischer e Sophie Petersen. ?Acompanho o Orçamento Participativo de Porto Alegre desde 1990?, disse Fischer, agora encarregado do BP da região.

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