Membros da chapa de oposição nas eleições do Palmeiras, que serão realizadas no dia 22 deste mês, acusam a diretoria do clube de estar tentando um empréstimo de R$ 5 milhões no Banco Safra dando como garantia a cota de patrocínio da Adidas referente a 2008 – o dinheiro deste ano já foi todo adiantado para pagar os salários dos últimos três meses. A nova quantia serviria para honrar outros compromissos em atraso.
Ebem Gualtieri, diretor financeiro do Palmeiras, e Gilberto Cipullo, diretor de futebol, negam a tentativa do empréstimo. ?A informação não procede?, diz Cipullo. ?Nem temos mais negócios com o Banco Safra. Nessa época de eleição, infelizmente é normal surgirem essas notícias infundadas?, emenda Gualtieri.
O diretor admite, porém, o adiantamento de R$ 1,4 milhão da BWA, empresa responsável pela confecção dos ingressos dos jogos do Campeonato Paulista. ?Esse valor vai ser descontado das cotas de cada participação de bilheteria do Palmeiras no torneio?, esclarece Gualtieri.
O dinheiro foi utilizado no pagamento dos salários atrasados dos jogadores. Ainda nesta quinta-feira, alguns deles reclamavam da situação, confidenciando a jornalistas o incômodo pelo atraso nos pagamentos. ?Mas hoje (quinta) caiu tudo o que devia. Não há mais nada atrasado?, garantiu o diretor financeiro.
O presidente Affonso Della Monica, que tenta a reeleição, não foi encontrado para falar do assunto. Já o opositor Roberto Frizzo classifica os atrasos de salários e adiantamentos de cota como ?um exemplo do rombo em que o clube está metido?.