Depois de os 24 partidos que formam a base de apoio do presidente Hugo Chávez terem iniciado um processo de unificação, dirigentes da oposição venezuelana também anunciaram hoje uma plataforma unitária para a "luta nas ruas" do ano que vem – quando o governo deve promover um processo de reforma da Constituição de 1999. O candidato opositor derrotado por Chávez na eleição do dia 3, Manuel Rosales, anunciou hoje que as várias forças políticas que o apoiaram na campanha eleitoral apresentarão uma única proposta de reforma constitucional, alternativa à pretendida por Chávez
Como a oposição não tem nenhum deputado na Assembléia Nacional – por ter boicotado a eleição legislativa de 2005 – e apenas 2 dos 22 governos estaduais do país, Rosales afirmou que a estratégia para tentar influenciar a reforma da Carta será a de "semear e desenvolver idéias a partir das ruas". "Não se pode fazer uma reforma constitucional orientada para beneficiar a um único grupo", disse Rosales, referindo-se à possibilidade de a Constituição resultante do processo concentre ainda mais poderes em Chávez. "Ela tem de interpretar e entender o ideal coletivo de 26 milhões de venezuelanos.