Operadoras de Telefonia fixa limitarão reajuste a 7,27%

Costa do Sauípe (AE) – Este ano, as operadoras de telefonia fixa não planejam usar a regra que as permite aumentar acima da inflação um dos itens de sua cesta de serviço. Preocupadas com a má imagem com o consumidor, as empresas devem elevar, no próximo mês, em 7,27% a assinatura básica, os pulsos e a habilitação. A alta prevista para a longa distância é de 2 94%. O IGP-DI, índice usado para calcular o reajuste, acumulou alta de 8,36% nos últimos 12 meses.

"Não esperamos mais de 7,27% de aumento na assinatura básica", afirmou hoje (24) o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Elifas Gurgel do Amaral, durante o Painel Telebrasil, realizado na Costa do Sauípe (BA). "Por questões de mercado e pela reação da sociedade."

A assinatura básica é contestada na Justiça por milhares de consumidores em todo o País e existe um projeto de lei no Congresso para acabar com ela.

O presidente da Telemar, Ronaldo Iabrudi, confirmou o limite para o ajuste. "É um sentimento meu e um posicionamento da agência", explicou o executivo, apesar de as conversas com a agência não terem ainda terminado. "Vamos atualizar as tarifas abaixo da correção monetária."

Por contrato, as operadoras podem aumentar em 9% além da inflação uma de suas tarifas, compensando a alta em outras, para que, em média, sua cesta de serviços fique de acordo com a variação do IGP-DI, menos 1% de ganho de produtividade. Com isso entre 1998 e 2004, a assinatura subiu 15% acima do IGP-DI, enquanto os pulsos ficaram 22,1% abaixo. A vantagem para as empresas é que a assinatura é paga por todos os clientes e os pulsos, só por quem usa mais o telefone.

Hoje (24), o Ministério da Fazenda liberou R$ 80 milhões para as Comunicações.

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