Operação Catuaba prende envolvidos em crime organizado

O chefe do Serviço de Inteligência da Receita Federal, Gerson Schaan, informou que a Operação Catuaba, deflagrada hoje, é um sucesso, com a prisão dos envolvidos num grande esquema de crime organizado para sonegação fiscal no setor de bebidas na Região Nordeste. Não houve vazamento da operação e os acusados foram pegos de surpresa com a ação conjunta da Receita e Polícia Federal (PF) e Ministério Público (MP). Segundo Schaan, foram presos os principais suspeitos e apreendidas provas importantes do envolvimento das empresas sonegadoras. Os policiais federais e os fiscais da Receita Federal apreenderam dinheiro em espécie, bebidas, documentos, pedras preciosas e até mesmo um avião de uma das companhias. Por motivo de sigilo fiscal, a Receita não pode informar os nomes das firmas e acusados. O chefe do Serviço de Inteligência da Receita Federal informou, porém, que a “empresa-mãe” era engarrafadora de bebidas. A quadrilha é formada também por 39 companhias de comércio; 5 de transportes; 7 da indústria; 4 de serviços; 3 do ramo financeiro, e 1 projeto agropecuário. Schaan disse que o grupo é bastante grande e que atuava há anos na região, até mesmo com o envolvimento de funcionários públicos. Na intervenção de hoje, foram presos 29 funcionários públicos, a maioria, das secretarias de Fazenda dos Estados. Uma funcionária da área administrativa da Receita Federal em Campina Grande (PB), implicada no esquema, também foi detida. As investigações que culminaram na operação de hoje começaram em 2001. No fim de 2003, a Receita e a PF haviam feito uma ação de busca e apreensão que contribuiu para o resultado de hoje. Para o chefe do Serviço de Inteligência da Receita, as operações conjuntas do órgão, PF e MP têm tido conseqüências muito positivas. “Percebemos que esse é caminho”, afirmou. O delegado substituto da Receita Federal em João Pessoa, Marialvo Laureano dos Santos Filho, informou que a organização criminosa estava envolvida em lavagem de dinheiro, constituição de empresas “laranjas”, corrupção ativa e passiva e falsificação de documentos, selos de bebidas e notas fiscais. A sede da “empresa-mãe” fica em Patos (PB). “A operação está de vento e polpa”, disse, sobre o andamento da ação. A Receita analisa a contabilidade e as declarações dos contribuintes pessoas físicas e empresas ligadas ao grupo.

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