ONG ajuda a colaborar com o Fome Zero

Para esclarecer as dúvidas dos empresários interessados em colaborar com o programa “Fome Zero”, do governo Federal, o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social lançou ontem, no Cietep, em Curitiba, o manual “Como as empresas podem participar do combate à fome”. O documento é composto de 96 páginas e tem tiragem inicial de 10 mil exemplares. Também pode ser acessado pela internet através dos endereços www.ethos.org.br, www.fomezero.gov.br e www.fomezero.org.br .

Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou o lançamento do programa “Fome Zero”, antes mesmo do início de seu governo, muitas entidades privadas se interessaram em participar. O problema é que a grande maioria delas nunca soube direito por onde começar, e que medidas tomar para implantar programas sociais junto a seus clientes e funcionários.

O assessor especial do presidente da República, Oded Grajew, que participou do evento como palestrante, diz que o manual apresenta, de forma bastante didática, conceitos, legislação, orientações e dicas para que entidades privadas de todos os ramos e tamanhos possam contribuir com a erradicação da fome no país. “As dicas contidas no manual vão facilitar a vida dos empresários e permitir que eles possam desenvolver ações de sucesso e grande qualidade, também se tornando multiplicadores de informações”, afirma.

Segundo Oded, é uma vergonha que em um país como o Brasil ainda existam pessoas que não possuem o direito básico à segurança alimentar que, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), é de 2.500 calorias por dia. “Mais do que a fome, temos que combater a pobreza no Brasil. Para isso, não basta apenas vontade política. Toda a sociedade deve se mobilizar. A fome, o analfabetismo e o desemprego são problemas de todos”.

Na visão do assessor, os empresários só têm a ganhar adotando programas de responsabilidade social. “As empresas que contribuem com o Fome Zero ou que implementam qualquer outro tipo de ação social passam a ser vistas com melhores olhos pela sociedade e desenvolvem uma maior auto-estima”, acredita. “Os funcionários se tornam mais responsáveis de seu papel social e mais solidários uns com os outros, contribuindo para o aumento da produtividade”.

Empresários

Responsáveis por empresas já engajadas em programas de responsabilidade social concordam. “A população apoia e passa a respeitar a empresa que desenvolve projetos sociais. Isto ajuda inclusive a conquistar a fidelidade dos clientes”, comenta o diretor de marketing da concessionária CCV, que é responsável por programas de doação de leite e sopa”, Pedro Rogério Reitz.

Já a assessora de Gestão da Copel – que desde fevereiro deste ano incentiva seus clientes a fazerem doações ao “Fome Zero” através da conta de luz – Carmem Lúcia Canalli, afirma que o manual lançado pelo Instituto Ethos vai possibilitar a todas as empresas o privilégio de ajudar ao próximo. “Através do manual, os empresários têm à disposição diversas orientações técnicas para criar projetos sociais e ajudar o Brasil a crescer”.

Como fazer para colaborar

Alguns exemplos de como as empresas podem colaborar com o “Fome Zero”:

Doar dinheiro ao programa (através do site www.fomezero.gov.br ou do telefone 0800-7072003); Incentivar e promover a educação nutricional; Colaborar com as Associações de Pais e Mestres das escolas na ampliação da merenda escolar; Incentivar funcionários a participarem de programas voluntários; -Doar cestas básicas às comunidades carentes; Colaborar com Bancos de Alimentos; Ceder terrenos por meio de mecanismos jurídicos, para a produção de alimentos por trabalhadores desempregados;

Fornecer lanches e refeições rápidas a preço de custo; Estabelecer convênios para doações de alimentos ou de recursos voltados à alimentação; Doação a organizações beneficentes de alimentos perecíveis; Promover a inclusão social; Investir na formação e incorporação ao mercado de trabalho de jovens que hoje estão excluídos socialmente;

Criar e participar de agências de microcrédito solidário; Auxiliar diretamente crianças e jovens em idade escolar; Promover ações de melhoria de renda entre seus funcionários.

Fonte: Instituto Ethos

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