Oferta de energia crescerá 2% no primeiro trimestre

A capacidade de geração de energia do País crescerá em 1.644 megawatts (MW) ainda neste primeiro trimestre. Isso representa um crescimento de 2% em relação aos cerca de 92 mil MW que o Brasil pode produzir atualmente. Em termos práticos, o montante de energia que entrará em operação até março equivale, por exemplo, ao que é necessário para abastecer a região metropolitana de Belo Horizonte.

Segundo estimativa divulgada hoje (27) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), esses 1,6 mil MW novos virão de sete usinas hidrelétricas que estão atualmente em construção ou em processo de ampliação. Essa energia corresponde a 94,9% da potência total acrescentada ao sistema por hidrelétricas em todo o ano passado (1.732 MW). A maior contribuição individual virá da hidrelétrica de Tucuruí, no Pará. A usina, que pertence à estatal Eletronorte, inaugura já neste mês duas unidades de geração (turbinas) que, somadas, têm potência instalada de 750 MW.

O secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ronaldo Schuck, estima que a capacidade total de geração de energia elétrica do País (considerando todos os tipos de fontes) deverá crescer em aproximadamente 6,7 mil MW neste ano, o equivalente a uma expansão de cerca de 7% em relação à atual potência instalada do País. A maior parte dessa energia nova a entrar em operação – cerca de 5,3 mil MW – virá de usinas hidrelétricas. O restante será produzido por usinas termoelétricas e por fontes alternativas como usinas de biomassa e geração eólica.

Se forem confirmadas as previsões, o total de energia que será acrescentado à capacidade nacional de geração em 2006 será quase o triplo dos 2,4 mil MW totais que foram adicionados ao sistema no ano passado. "Esse será um ano de colheita, com muita oferta nova de energia entrando no sistema", comentou Schuck.

O secretário informou que a energia que começará a ser gerada neste ano virá de projetos que começaram a ser construídos quatro ou cinco anos atrás. Com relação ao expressivo crescimento em relação ao ano passado, ele observou que, como as usinas são empreendimentos cuja construção demanda vários anos, é normal que o acréscimo de energia varie de um ano para o outro.

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