Oferta de emprego será acelerada, prevê ministro do Trabalho

Brasília ? O ritmo menor da oferta de empregos em 2005 foi provocado pela alta taxa básica de juros (Selic), mas a oferta será maior neste ano. A avaliação é do o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, que divulgou hoje (18) o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Segundo o cadastro, foi criado 1,254 milhão de empregos formais, contra 1,523 milhão no ano anterior.

Marinho atribuiu sua previsão para 2006 ao processo de queda dos juros, iniciado em setembro último, e ao "conseqüente aumento de investimentos que isso proporciona e acarreta na geração de mais postos de trabalho". Ele estimou que a média mensal continuará acima de 100 mil postos de trabalho formal, porque o comportamento da economia, neste ano, "será mais parecido com 2004". E assegurou que "chegaremos à ordem de 8 milhões de novos empregos", somando servidores públicos e segmentos de trabalho fora das estatísticas, como agricultura familiar.

O ministro do Trabalho destacou que nos três anos do governo Lula foram gerados 3.422.690 empregos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). De acordo com o Caged, os setores que mais se destacaram em 2005 foram os de serviços, com geração de 569.705 vagas, comércio (mais 389.815), indústria de transformação (mais 177.548) e construção civil (85.053 novos empregos). O saldo negativo no caso ficou com agropecuária, que eliminou 12.878 empregos no campo, com queda de 1% no ano, em decorrência, principalmente, da seca na região Sul, em São Paulo e no Mato Grosso do Sul.

Luiz Marinho afirmou torcer para que a queda dos juros seja mais acentuada a partir da reunião que o Comitê de Política Monetária (Copom) realiza hoje e amanhã.

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