Obras rodoviárias estão mais baratas no Paraná

O maior programa de recuperação de rodovias no Paraná dos últimos 20 anos prima pela evolução técnica, com a utilização de asfalto borracha e asfalto modificado com polímeros, e pela economia dos gastos públicos. As obras que estão sendo realizadas pelo governo Requião custam em média 30% menos das feitas pela administração anterior. Com isso, o Estado do Paraná volta a apresentar um dos menores valores do custo do quilômetro padrão do país.

A queda desses custos só foi possível depois das revisões da tabela de custos do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) que vem sendo realizadas desde o início de 2003, com destaque para a recente atualização no mês de fevereiro. A tabela, formada por diversos itens que compõe uma intervenção, rege o preço máximo das obras rodoviárias que vão à licitação.

?Já havia sido uma diretriz da outra gestão do Governo Requião. É a demonstração de respeito e responsabilidade com o dinheiro da população. Temos, como gestores públicos, a obrigação de realizar obras com eficiência e o menor gasto possível?, afirma o secretário dos Transportes, Waldyr Pugliesi.

Pugliesi salienta que essa redução dos custos é fundamental para que um maior número de rodovias sofram obras de melhorias. ?Conseguimos atingir uma parcela maior da população. Enquanto o governo anterior gastava R$ 1 milhão com uma intervenção, nós podemos fazer o mesmo serviço por R$ 700 mil,? exemplifica. ?Assim criamos um programa tecnicamente viável e financeiramente possível?, acrescenta

O diretor-geral do DER, Rogério Tizzot, reforça que os custos das obras rodoviárias vêm sendo revistos desde o início de 2003. Desde então, a tabela tem sido modificada e atualizada em diversos pontos.

?Assim que assumimos, foi diagnosticado que os preços estavam elevados e que havia diversas distorções na composição da tabela?, recorda. ?Com um trabalho sério e eficaz de nosso corpo técnico revertemos essa situação e hoje o Paraná possui um custo padrão que possibilita a execução de um número maior de obras?, completa.

Para realização da nova planilha, os engenheiros do Departamento fizeram a atualização dos cálculos realizados nos anos anteriores. Os valores são obtidos tomando por base os diversos tipos de serviços rodoviários como terraplenagem, galerias, drenagem e pavimentação; materiais, equipamentos e mão-de-obra empregada.

?Os valores são obtidos por meio de pesquisas de mercado, formando um banco de dados que é atualizado com determinada periodicidade?, explica o diretor-geral. ?O rigor nesse trabalho é mais do que necessário para que haja respeito no gasto do dinheiro público?, acrescenta.

Tizzot informa que os engenheiros fazem as revisões e corrigem a tabela quando há substituição de maquinários obsoletos por mais modernos ou o aparecimento de técnicas mais eficientes, rápidas e baratas para a realização de alguns serviços.

?Com avanços tecnológicos e a especialização da mão-de-obra, produz-se mais e o custo tende a diminuir. O resultado é uma economia bastante significativa para os cofres do Estado?, finaliza.

Lucros menores para as empreiteiras

A revisão da tabela de custos do DER diminuiu também o lucro das empreiteiras. A Bonificação de Despesas Indiretas (BDI), que engloba todos os custos que não fazem parte da obra como despesas gerais, de administração, impostos e o lucro das empreiteiras foi reduzida em 10 %, se comparada a BDI estipulada pelo governo anterior.

Atualmente a bonificação não passa de 30 % do custo da obra. Já na tabela utilizada pelo governo anterior esse índice era de quase 40 %.

Voltar ao topo