O molde e o metal

Há um ditado ibérico que serve como lição de vida: Embora todos os homens sejam feitos do mesmo metal, não são todos fundidos no mesmo moldeª.

O profético ditado ibérico-andaluz se encaixa, por exemplo, à vida política brasileira contemporânea. É preciso saber distinguir o metal do molde. Os homens políticos não são na sua inteireza idênticos. Há diferenças monumentais entre eles. Uns fazem da atividade política o ato supremo e soberano de servir à sua gente, fonte de representatividade nascida do voto popular. Outros fazem da ação política o ato pecaminoso de servir-se, em detrimento da sociedade que o elegeu. Daí decorre o desgaste desmoralizante que atinge, na atualidade, vastos segmentos da chamada classe política. É fundamental separar o joio do trigo.

A cidadania não pode renunciar à participação na vida pública. Política é uma opção irrenunciável na vida dos homens, mulheres e jovens conscientes. Somente pela política é que se pode mudar realidades injustas, autoritárias, corruptas ou incompetentes. Outra alternativa é a violência, a guerra. Não existe terceira via, desde que o mundo é mundo.

Na velha Grécia, Aristóteles pregava que só pode ser feliz um Estado edificado sobre a honestidade e a competência. Mais do que virtude, o ideal aristotélico é dever elementar de todo governante ungido pelo voto popular.

O Paraná elegerá democraticamente em outubro o seu governador. Votarei em Álvaro Dias. O molde do metal da sua vida é de integral correção e dignidade.

Governador do Paraná, em um tempo difícil para o Brasil, moldou uma administração empreendedora e desafiadora, marcando, com investimentos de infra-estrutura inovadores, todos os quadrantes e regiões do Estado. A presença administrativa daquele governo no Norte, no Oeste, no Sudoeste, no Sul, no Litoral ou na Região Metropolitana de Curitiba está presente até hoje. E isso foi possível pelo zelo franciscano no manuseio dos recursos públicos, fato reconhecido nacionalmente por analistas como Joelmir Beting.

Álvaro Dias não quer voltar a governar o Paraná para repetir-se na mesmice. Mas para inovar e aceitar novos desafios determinados pela evolução natural da modernidade, na qual o desenvolvimento estadual não será concentrador nem excludente. Haverá de ser integrador de todo o Paraná, onde industrialização, programas agroindustriais integrados à nossa dinâmica e moderna agricultura gerarão os empregos e as oportunidades de que carecemos no presente.

Abraham Lincoln ensinava que não se fortalecerá os fracos enfraquecendo-se os fortes. A busca da prosperidade haverá de ser uma meta-síntese, sem lugar para os conflitos odiosos. Daí a convocação para essa verdadeira cruzada por um novo Paraná, que terá o desenvolvimento integrador buscando corrigir as enormes injustiças que presenciamos no cotidiano.

O Paraná de todas as gentes haverá de renascer pela vontade determinante e desafiadora de todos os paranaenses. E o nosso voto será a arma letal para fazer este sonho tornar-se realidade.

Hélio Duque

é ex-deputado federal por três legislaturas e ex-presidente do PSDB do Paraná, ao qual continua filiado.

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