O sul do Chile foi atingido ontem pelo terremoto mais forte do ano, de magnitude de 6,2 graus, e deixou pelo menos 10 desaparecidos. Segundo autoridades locais, os desaparecidos, incluindo uma menina, estavam todos na praia de Fiordo Aysén, próximo ao epicentro do primeiro tremor, e foram arrastadas por fortes ondas geradas pelo sismo. Neste domingo (22), um novo tremor mais moderado, de 5,2 graus de intensidade, foi sentido na região de Santiago e no centro do país
A região sul do Chile já registrou centenas de tremores desde o 22 de janeiro, mas o terremoto de ontem foi o mais forte do ano. Autoridades acreditam que a atividade sísmica na área esteja relacionada com o iminente nascimento de um vulcão submarino. As equipes de resgate iniciaram as buscas pelos desaparecidos na manhã de hoje.
O Escritório de Emergência do governo chileno disse que o tremor de ontem não provocou um tsunami – onda gigante -, mas que o sismo aparentemente desencadeou avalanches que podem ter criado grandes ondas, uma vez que ocorreram no fundo do mar na costa do Chile.
Juan Cayupi, um especialista que trabalha para o governo, disse que o terremoto "desencadeou vários desabamentos nas montanhas submarinas vizinhas, levando o nível do mar a subir de forma acentuada e violenta, na forma de grande ondas".
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, sobrevoou a zona atingida na manhã de hoje, e o governo fez um pronunciamento oficial decretando estado de emergência na área, permitindo que a ajuda humanitária seja encaminhada ao local.